"Relatoria I"

>> sexta-feira, 22 de maio de 2009


RELATORIO DE ENSAIO DO GRUPO OTO (DIA 10/05)

O grupo OTO, esta em um importante momento de seus ensaios, é a hora de decidir sobre o que queremos discutir e ressaltar o que queremos ressaltar.
Neste ultimo ensaio fizemos o exercício de passar e receber o foco. Foi muito legal. Acho que nos do grupo estamos começando a pegar o jeito da coisa. A kessy, diz sentir mais dificuldade em fazer o exercício do foco do que a própria improvisação. Já a Vanessa achou mais fácil ultilzar o som ao passar o foco do que usar somente o corpo.
Logo depois partimos para uma discussão de textos que levamos para o ensaio que achávamos que tinha alguma relação com o tema escolhido: o trabalho. Os textos eram: esse desemprego de Bertolt Brecht ; e eu despedi o meu patrão de Zeca Baleiro; e logo depois fomos improvisar.
O primeiro improviso, foi feito por mim (Carol), pela Nadia e pela Vanessa baseando-se no primeiro texto citado. A primeira cena mostra um funcionário que contratava e descartava funcionários, e após rejeitar todos os candidatos para uma vaga, acaba perdendo o próprio emprego.
Já a segunda cena, improvisada pela kessy e pelo Cezar, baseados na musica do zeca baleiro causou certo estranhamento ao cantarem algo e encenarem uma coisa diferente do que cantaram. A musica diz sobre alguém que preferiu não vender sua força de trabalho, e os dois encenaram justamente o oposto, a venda da força de trabalho, tratando-a “abertamente” como se fosse uma mercadoria.
Depois disso, fomos improvisar as cenas do texto que já havíamos escolhido como basede Nossa reflexão no ensaio passado (A comedia do trabalho, da cia. do latão)
Logo no final do ensaio, grupo viu uma relação entra a musica "eu demiti o meu patrão" e a cena em que a vendedora de suco relata como conseguiu seu Lugar ao sol.
Alem disso, acredito que encontramos a pergunta do espetáculo:onde é , e como é que acaba o ciclo da exploração?


Ana Carolina (Carol)

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Novo Processo de Trabalho: Construção do Experimento Cênico "Valor de Troca"

É...2009, começamos um novo processo de trabalho. Uma nova montagem de um experimento Cênico. Teatro - Jornal...O grupo Gostou muito da experiência de "Julia Z" e olha nós aqui de novo...mais uma vez. Reflexão cênica sobre a crise e desemprego no Brasil, no mundo, em Londrina. Mobilização, Reflexão...Analise das noticias no palco. A baixo, cenas embrionárias do começo de expediente


A Noticia base é extremamente atual ( saiu no jornal O Globo, ainda este mes):um empregado que, depois de ter sido demitido, decidiu suicidar-se. Pode , a primeira vista, parecer um "conflito extremamente individual, mas a questão é ( e quase sempre é) Por que? ou melhor, quais as razões (sociais, objetivas), que levam um trabalhador a chegar a este grau de desespero, a ponto de querer acabar com sua visa?

As primeiras improvizações de cenas se sucedem de forma sempre surpreendente, surgem novos personagens operários e capitalistas, todas as seqüências são tratadas com espírito de comicidade, mas dialeticamente fazendo pensar e repensar múltiplos aspectos das relações trabalhistas e da luta de classes.



Além das noticias, estamos trabalhando com Leituras de Poemas de Brecht, Gullar e outros poetas que retarm esta luta (muito antinga) entre Capital X Trabalho. Um conflito, que não tem nada de abstrato. E só ir a qualquer agencia de empregos, em qualquer lugar do Brasil, para ver a concretude daquilo que estamos tratando. o Desespero é real, concreto. E nossa luta também. Falamos do desepero de um trabalhador, e de toda uma classe. Classe espoliada (também em sua subjetividade).Por tanto, (como alguns já insinuaram) este argumento de que este temática é muito abstrata para o TO não Cola. Não conosco.





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Augusto Boal

>> segunda-feira, 4 de maio de 2009


"Mas, que é a vida? Vida são olhos que saúdam as madrugadas, acariciam as noites, acolhem sorrisos; ouvidos que recebem o barulho dos ventos, ouvemgemidos de dor, escutam palavras de amor, bocas que experimentam o deleitedos frutos e dos beijos e que recitam poemas; narizes que sentem o cheiroda maresia, da comida que se cozinha no fogão e dos corpos suados. Pernasque andam pelos bosques e levam mensagens a lugares distantes; braços queplantam jardins, e que se estendem para os abraços e para as lutas. A vidaé um poema enorme, uma explosão de gestos e de sentidos espalhados peloespaço. Mas como tudo que é humano, a vida é também cansaço que anseiapelo sono. Como diz o poeta sagrado, "para todas as coisas há o seu tempo,debaixo do sol; há um tempo de nascer e um tempo de morrer". Saber viver etambém saber morrer. Cada poema se inclina para a sua última palavra; cadacançãos e prolonga na direção do seu silêncio. Última palavra em quecontinuam a reverberar todas aquelas que a antecederam: silêncio onderessoam os sons que o prepararam. Toda a vida é um preparatio mortis e épor isso que a última palavra e o último gesto são um direito que ninguémlhe pode roubar. Ao corpo pertence o direito de dizer: "É hora de partir".(...) Fernando pessoa sofria pensando no cansaço sem remédio das estrelas:
Tenho dó das estrelas
Luzindo há tanto tempo,
Há tanto tempo...
Não haverá um cansaço das coisas,
Um cansaço de existir,
De ser, Só de ser?...
O ser triste, brilhar ou sorrir...?
Não haverá, enfim, Para as coisas que são,
Não a morte, mas sim,
Uma outra espécie de fim,
Ou uma grande razão - Qualquer coisa assim
Como um grande perdão?"
Rubem Alves (Tempo de Morrer, p. 117-121, In: O Retorno e Terno. 24ª ed. SP: Papirus,2003.)

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O Teatro Jornal

Uma das nove técnicas do Teatro do Teatro do Oprimido de Augusto Boal. Esta técnica permite a transformação de notícias de jornal, ou qualquer outro material sem propósito dramático, em cenas ou ações teatrais.

Mais sobre o Grupo

O Grupo Oficina de Teatro do Oprimido foi formado no ano de 2006, através das Oficinas Regulares de Teatro do Oprimido, do Projeto Teatro e Transformação Social, realizado pela Fábrica de Teatro do Oprimido de Londrina (FTO), no Centro Cultural Luppercio Luppi, na Zona Norte da cidade, também conhecida como Cinco Conjuntos.

Produção Do Grupo

2006- - Operário em Construção

2007 - Meu Pixaim (Teatro-Fórum)
Dia de Revista (Teatro-Fórum)

2008 - A Trágica História de Júlia Z

2009 - Valor de Troca

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