"Relatoria II"
>> domingo, 7 de junho de 2009
Grupo Oficina de Teatro do Oprimido ; "Valor de Troca" - Teatro-Jornal
“ Nesse novo processo de trabalho, lemos diversos textos e reportagens. Escolhemos como base a noticia de um trabalhador, que chegando ao auge do desespero, atira em seus colegas de trabalho e comete suicídio. Além da noticia também lemos e dramatizamos um trecho da peça “A Comédia do trabalho” da Cia do Latão.
O processo de trabalho está sendo muito interessante, por que estamos passando por uma crise mundial, onde milhares de pessoas em todo o mundo estão perdendo seus empregos. Trabalhar a questão “desemprego” nos ajuda a entender muito do que está acontecendo atualmente, tendo uma leitura mais critica da situação.
Além do próprio Grupo, os espectadores também se identificaram com o problema, os problemas apresentados. Do palco ouvimos várias vezes “pior que é assim mesmo?”, e “Como é que a gente faz para acabar com isso?”.
Eu mesma, não tinha me ligado de muita coisa e só fui perceber com a processo de “Valor de Troca”, como por exemplo: o Homem transformado em pura mercadoria, o trabalhador pagando dobrado pela crise (com os impostos e com o emprego) que ele não produziu.
Uma frase que também me marcou muito foi a de B. Brecht no poema “Esse desemprego”:
“o nosso desemprego só será solucionado, / quando os senhores ficarem desempregados”
Esse poema, em minha opinião, mostra uma das causas da desunião da classe trabalhadora no Brasil e no mundo.
Estamos discutindo muitas coisas e improvisando muito também: sobre as várias maneiras de manipulação e exploração da classe trabalhadora. Estamos aprendendo muito.
Ana Carolina Silva
Acho que o Teatro Jornal é um processo muito legal. Por que você faz teatro com uma coisa que é realidade. Você transforma a noticia em NOTICIA. Uma notícia que pode ser lida de várias formas e maneiras diferentes. Como se fosse uma “reciclagem” da noticia de maneira mais crítica.
Com a “Julia” foi assim: pegamos uma notícia e transformamos em teatro. Com o novo espetáculo foi um pouco diferente. Lemos um texto, estudamos e depois pegamos a noticia. P/ depois transformamos tudo em teatro jornal.
A reação do público é sempre diferente e depende de cada tipo de público. Mas eles sempre estão prestando atenção e entende nosso recado.
Axo ki mtas vzs, nós damos a notícia que a mídia não dá. Acho que a mídia sempre distorce alguma coisa p/ aquilo ela está falando. A noticia sempre é dada distorcida: Pode ser a pior coisa que está acontecendo e no meio da notícia ela colaca um comercial animado no meio, dizendo ki tá tudo muito bom. Vamo comprá ki tá tudo certo. Antes de fazer teatro Jornal eu não sabia ki a mídia distorcia tanto as notícias.
Aquele senhor que se matou, depois de ferir três colegas de trabalho. Ninguém mostrou o que de fato levou ele a tomar essa atitude. Mostraram na mídia como uma coisa individual e triste. Ninguém falou de verdade, sobre a redução de horas no trabalho, desemprego, o que é a crise de verdade, para os desempregados. Falaram que ele era até louco. Mas ele só queria fazer justiça a onde não existe. O teatro Jornal mostra isso. A conclusão é da platéia
Vanessa Almeida
---------------------------------------------------------------------------------------------
Com a “Julia” foi assim: pegamos uma notícia e transformamos em teatro. Com o novo espetáculo foi um pouco diferente. Lemos um texto, estudamos e depois pegamos a noticia. P/ depois transformamos tudo em teatro jornal.
A reação do público é sempre diferente e depende de cada tipo de público. Mas eles sempre estão prestando atenção e entende nosso recado.
Axo ki mtas vzs, nós damos a notícia que a mídia não dá. Acho que a mídia sempre distorce alguma coisa p/ aquilo ela está falando. A noticia sempre é dada distorcida: Pode ser a pior coisa que está acontecendo e no meio da notícia ela colaca um comercial animado no meio, dizendo ki tá tudo muito bom. Vamo comprá ki tá tudo certo. Antes de fazer teatro Jornal eu não sabia ki a mídia distorcia tanto as notícias.
Aquele senhor que se matou, depois de ferir três colegas de trabalho. Ninguém mostrou o que de fato levou ele a tomar essa atitude. Mostraram na mídia como uma coisa individual e triste. Ninguém falou de verdade, sobre a redução de horas no trabalho, desemprego, o que é a crise de verdade, para os desempregados. Falaram que ele era até louco. Mas ele só queria fazer justiça a onde não existe. O teatro Jornal mostra isso. A conclusão é da platéia
Vanessa Almeida
---------------------------------------------------------------------------------------------
“ Nesse novo processo de trabalho, lemos diversos textos e reportagens. Escolhemos como base a noticia de um trabalhador, que chegando ao auge do desespero, atira em seus colegas de trabalho e comete suicídio. Além da noticia também lemos e dramatizamos um trecho da peça “A Comédia do trabalho” da Cia do Latão.
O processo de trabalho está sendo muito interessante, por que estamos passando por uma crise mundial, onde milhares de pessoas em todo o mundo estão perdendo seus empregos. Trabalhar a questão “desemprego” nos ajuda a entender muito do que está acontecendo atualmente, tendo uma leitura mais critica da situação.
Além do próprio Grupo, os espectadores também se identificaram com o problema, os problemas apresentados. Do palco ouvimos várias vezes “pior que é assim mesmo?”, e “Como é que a gente faz para acabar com isso?”.
Eu mesma, não tinha me ligado de muita coisa e só fui perceber com a processo de “Valor de Troca”, como por exemplo: o Homem transformado em pura mercadoria, o trabalhador pagando dobrado pela crise (com os impostos e com o emprego) que ele não produziu.
Uma frase que também me marcou muito foi a de B. Brecht no poema “Esse desemprego”:
“o nosso desemprego só será solucionado, / quando os senhores ficarem desempregados”
Esse poema, em minha opinião, mostra uma das causas da desunião da classe trabalhadora no Brasil e no mundo.
Estamos discutindo muitas coisas e improvisando muito também: sobre as várias maneiras de manipulação e exploração da classe trabalhadora. Estamos aprendendo muito.
Ana Carolina Silva
0 comentários:
Postar um comentário