Notas sobre a peça-processo “Valor de Troca”
>> quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Por Débora Oliveira
E relativamente fácil falar sobre “desmistificação” de conceitos ideológicos. Dizer que a realidade é contraditória, que o trabalhador é explorado, que é coisificado, ou seja, tratado como uma mercadoria, que o discurso humanista utilizado pelas grandes empresas de “comprometimento social” não corresponde à realidade, todas essas “amostras”, tentativas de desmistificação não irão valer de nada se a verdadeira problemática não for resgatada, assim sendo, se não for esclarecido o porquê da situação da classe trabalhadora “miserável” todas essas tentativas caem por terra. A dramaturgia da peça “Valor de Troca” pergunta ao espectador de certa forma, qual é o seu valor de troca trabalhador? Você vale muito pouco, quase nada. Veja se concorda com uma das respostas, com um dos porquês, pois irão também lhe dizer, que isso não existe, o mundo é desconexo, que seu trabalho aqui na fábrica de pijamas não tem relação alguma com a fábrica de fabricar miseráveis. Adivinhem senhores o mundo se apresenta como pós-moderno, fragmentação ambulante, caos social, cada um cuida de si, que eu tenho mais o que fazer!
Retomando, alguém tem alguma opinião? Estaremos prontos para discutir a questão. A qualquer momento... (silencio)... (silencio)... Acho que ninguém se interessou. Pois o desemprego senhores não é apenas uma questão de coisificação. Cabe-nos explicar o porquê, onde se encontram os mecanismos que favorecem a um e não a outros, identificar o discurso e descobrir porque é necessário que se realize e na forma “trágica” que se manifesta.
O mínimo que se pode “concluir” quando apresentamos a peça “Valor de Troca”, é que incomoda. O tema é pertinente, contribui com que todas as dúvidas sobre a atual crise econômica do Capital ultrapassem o prazer estético de assistir a uma obra teatral. De uma forma “não tão trágica” contamos (representamos) a história de “um” desempregado (milhares), vítima dos mecanismos de “defesa” do Capitalismo, entre outros, demissão em massa, trabalho informal, desunião da classe dos trabalhadores, espontaneidade política, discursos “familiares”. No entanto é de uma “trágica forma” que esse assunto é recebido, vou tentar explicar por que.
E relativamente fácil falar sobre “desmistificação” de conceitos ideológicos. Dizer que a realidade é contraditória, que o trabalhador é explorado, que é coisificado, ou seja, tratado como uma mercadoria, que o discurso humanista utilizado pelas grandes empresas de “comprometimento social” não corresponde à realidade, todas essas “amostras”, tentativas de desmistificação não irão valer de nada se a verdadeira problemática não for resgatada, assim sendo, se não for esclarecido o porquê da situação da classe trabalhadora “miserável” todas essas tentativas caem por terra. A dramaturgia da peça “Valor de Troca” pergunta ao espectador de certa forma, qual é o seu valor de troca trabalhador? Você vale muito pouco, quase nada. Veja se concorda com uma das respostas, com um dos porquês, pois irão também lhe dizer, que isso não existe, o mundo é desconexo, que seu trabalho aqui na fábrica de pijamas não tem relação alguma com a fábrica de fabricar miseráveis. Adivinhem senhores o mundo se apresenta como pós-moderno, fragmentação ambulante, caos social, cada um cuida de si, que eu tenho mais o que fazer!
Retomando, alguém tem alguma opinião? Estaremos prontos para discutir a questão. A qualquer momento... (silencio)... (silencio)... Acho que ninguém se interessou. Pois o desemprego senhores não é apenas uma questão de coisificação. Cabe-nos explicar o porquê, onde se encontram os mecanismos que favorecem a um e não a outros, identificar o discurso e descobrir porque é necessário que se realize e na forma “trágica” que se manifesta.
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